Enquanto houver papagaios a língua não morre!

A língua esquecida que sobreviveu... em um papagaio No final do século 18, durante uma expedição pela Bacia do Orinoco, o explorador Alexander von Humboldt se deparou com algo que jamais esqueceria: um papagaio que falava uma língua que ninguém ao redor conseguia entender. Ele estava no vilarejo de Maypures, quando os locais mostraram o animal, intrigados com suas palavras misteriosas. O que Humboldt descobriu foi surpreendente - o papagaio estava repetindo palavras da língua Atures, falada por uma tribo amazônica extinta desde pelo menos 1767, vítima de doenças, conflitos e colonização. Nenhum ser humano falava aquele idioma há décadas... mas ali, em meio à floresta, a voz de um povo esquecido ainda ecoava no canto de um pássaro. Comovido, Humboldt registrou cerca de 40 palavras do vocabulário do papagaio, preservando um fragmento de um mundo perdido. A ave não era apenas uma curiosidade era um guardião da memória, uma lembrança viva de que identidade e história podem sobreviver...