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Origem da Água no Sistema Solar

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Quando olhamos para os oceanos, rios e até para a água que bebemos, é difícil imaginar que ela seja mais antiga do que o próprio Sol. Mas foi exatamente isso que uma série de estudos científicos descobriu: a água presente na Terra surgiu antes da formação do nosso sistema solar. A maior evidência vem da análise de isótopos de hidrogênio encontrados em cometas, meteoritos e nas águas da Terra. A composição desses elementos revela que parte da água do nosso planeta foi formada há pelo menos 4,6 bilhões de anos, quando o sistema solar ainda estava em nuvens interestelares frias e não havia Sol consolidado. Nesse estudo, cientistas descobriram que entre 30% e 50% da água terrestre é mais antiga que o Sol, e se formou em nuvens moleculares interestelares antes que o material se juntasse para formar nossa estrela. Outra pesquisa publicada na revista Nature (2020) analisou grãos de poeira preservados dentro de meteoritos primitivos. Eles carregam assinaturas químicas que só podem ser formadas...

Riqueza das Nações com o Preço da Escravatura

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Minha reflexão de hoje e que me ocupa o pensamento desde manhã é sobre As Riquezas das Nações. Por exemplo: Na nota de 1 Dólar Americano há a seguinte epígrafe:, "In God We Trust". É o lema nacional dos Estados Unidos. Há outros países também que se servem da invocação divina como lema de paz, justiça e igualdade. Países que citam Deus em suas Constituições País Ano da Constituição Texto/Referência a Deus Brasil 1988 “Sob a proteção de Deus” Alemanha 1949 “Consciente de sua responsabilidade diante de Deus e dos homens” Suíça 1999 “Em nome de Deus Todo-Poderoso” Irlanda 1937 “Em nome da Santíssima Trindade, da qual toda autoridade deriva” Grécia 1975 (rev.) “Em nome da Santíssima e Consubstancial e Indivisível Trindade” Polônia 1997 Reconhece “aqueles que acreditam em Deus como fonte de verdade, justiça, bem e beleza” Estados Unidos 1776 (Declaração de Independência) “Dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis” Argentina 1853 “Invocando a proteção de Deus, fonte de t...

Laços Verdadeiros: Um trabalho para Toda Vida!

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  Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também , se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará? E , se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.   Eclesiastes 4:9-12 “.. Criar laços verdadeiros com alguém é uma das experiências mais raras e ao mesmo tempo mais transformadoras da vida. Não se trata apenas de compartilhar momentos, risadas ou conversas soltas; é algo que ultrapassa a superfície, que vai além do que se mostra ao mundo e toca aquilo que existe de mais íntimo em nós. É quando duas almas, despidas de máscaras e armaduras, decidem se reconhecer na vulnerabilidade, na sinceridade e na entrega. Um laço verdadeiro não nasce da pressa. Ele é tecido aos poucos, como quem borda algo delicado com paciência e cuidado. Surge no...

Big Brother. Do vazio para o vazio

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  Há uma parte da população que passa horas a ver Big Brother como quem vigia um aquário: rostos presos numa rotina de nada, gestos repetidos, discussões vazias transformadas em espetáculo nacional. É uma escolha fácil, quase automática — uma fuga cómoda à exigência de pensar, sentir, questionar. Como se a vida alheia, reduzida a fragmentos de drama barato, pudesse preencher o vazio que cada um evita enfrentar dentro de si. E o que acrescenta isto a quem vê? Pouco mais do que uma sensação provisória de pertença, uma ilusão de importância no ato de julgar outros. É uma espécie de anestesia social: distrai, ocupa, mas não transforma. Alimenta-se da curiosidade mais básica e devolve apenas um espelho baço onde todos parecem iguais — cansados, previsíveis, desligados da própria consciência. E o que diz isto sobre nós? Diz que vivemos num tempo em que observar vidas vazias é mais fácil do que preencher a própria. Diz que a superficialidade ganhou lugar de culto. Diz que o público procur...

O Infinito Escondido no Número π

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  O Infinito Escondido no Número π O número π (pi) é um dos maiores mistérios e fascínios da matemática. Representado pela letra grega π, ele expressa a relação entre a circunferência de um círculo e o seu diâmetro. Não importa o tamanho do círculo — de um átomo a uma galáxia —, essa razão será sempre a mesma: aproximadamente 3,14159... Mas o enigma do π vai muito além dessa definição simples. Ele é um número irracional, o que significa que não pode ser expresso como uma fração exata, e seus dígitos decimais se estendem infinitamente, sem nunca se repetir em um padrão. Até hoje, supercomputadores já calcularam trilhões de casas decimais de π, mas seu “final” jamais será encontrado — porque simplesmente não existe. Outro detalhe intrigante é que, apesar de sua origem geométrica, π aparece em áreas inesperadas: na física quântica, na teoria da relatividade, na probabilidade, nas ondas eletromagnéticas e até na estatística. É como se π fosse uma linguagem secreta do universo, escondid...

Eu e as Inúmeras Almas de Impulsos Cruzados

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 "Vivem em nós inúmeros;   Se penso ou sinto, ignoro   Quem é que pensa ou sente.   Sou somente o lugar   Onde se sente ou pensa.  Tenho mais almas que uma.   Há mais eus do que eu mesmo.   Existo todavia   Indiferente a todos.   Faço-os calar: eu falo.  Os impulsos cruzados   Do que sinto ou não sinto   Disputam em quem sou.   Ignoro-os. Nada ditam   A quem me sei: eu escrevo." 13 - 11 - 1935  Ricardo Reis “Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis and Bernardo Soares in a Lisbon bar”  Subscrito  Bonani 

Quem somos quando nada mais dura?

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  Vivemos tempos líquidos - dizia Bauman, e essa liquidez não é apenas uma metáfora bonita, mas um diagnóstico do modo como tudo escorre por entre os dedos. Nada mais permanece. Relações, valores, identidades, até os sonhos... tudo se dissolve na velocidade com que deslizamos a tela do celular. A modernidade líquida é o império do instantâneo. O amor precisa ser rápido, o prazer imediato, o sofrimento breve. Somos ensinados a trocar antes de consertar, a seguir em frente antes de compreender, a desejar sem sequer saber o que realmente queremos. E nessa busca por liberdade total, acabamos prisioneiros de um vazio que nos consome em silêncio. Bauman nos alerta: a liquidez prometia leveza, mas trouxe instabilidade. O que antes era chão, hoje é areia movediça. O eu tornou-se um projeto inacabado, constantemente refeito conforme a moda, a opinião ou o algoritmo. A fluidez virou disfarce para o medo - medo do compromisso, da perda, da entrega. Mas talvez a pergunta mais profunda que essa...