“ACERCA DE”; “A CERCA DE”; “HÁ CERCA DE” ; “MURMURAÇÕES”; “CÊRCAS” E O VESTIBULAR DA VIDA!




No Brasil existe uma forma de avaliação usualmente aplicada para quem deseja ingressar no ensino  superior   subsidiado    pelo Estado. É o conhecido e temido vestibular. Das muitas áreas do conhecimento adquirido pelo candidato, inevitavelmente, ele vai ter de se preparar muito bem para questões dos conhecimentos da língua e gramática portuguesa!
Hoje as exigências não são tantas com o  decorar  de  toda  a ciência gramatical, mas sim, saber utilizar a língua em seu devido contexto de aplicabilidade! Como pode-se perceber no texto a seguir: Hoje em dia, o aluno que precisa atravessar a ponte entre o ensino médio e a graduação, ao passar por uma avaliação de Língua Portuguesa, precisa reconhecer que o vestibular não procura avaliar se o candidato memorizou algumas regras gramaticais. Procura-se, sobretudo, avaliar a forma de lidar com as diferentes estruturas lingüísticas em contextos específicos de uso da língua, em suas diversas modalidades. Parte-se do pressuposto de que conhecer e saber lidar com um conhecimento lingüístico oral e escrito é mais relevante do que uma análise descontextualizada de frases ou palavras, para o exercício da maioria absoluta das profissões. Essa prova é, portanto, uma avaliação de leitura e escrita de textos, em que se espera que o aluno:
1) Descreva e interprete a diversidade de usos lingüísticos, que depende, basicamente, da situação, dos assuntos tratados e dos interlocutores;
2) Reconheça os traços característicos da fala na diferença com a escrita; de textos técnicos na diferença com não técnicos; de textos de maior formalidade na diferença com os de menor formalidade; das variedades lingüísticas de prestígio na diferença com aquelas socialmente desvalorizadas. Assim, as “boas e velhas regras gramaticais” passam a ter um enfoque diferente, já que estão a serviço dos interlocutores para cumprirem suas intenções na formulação de um texto.
3) Espera-se, inclusive, que o aluno saiba empregar as técnicas gramaticais não só como ferramentas de interpretação, mas também como instrumento de produção textual, tanto nas respostas discursivas, quanto nas redações. Usar os elementos gramaticais com coerência e segurança são bons indícios de que os candidatos estão no caminho certo.
Desejo fixar minha reflexão nesse terceiro ponto supra, pensando na possibilidade de ter que passar por um vestibular tendo de produzir um texto dentro dos princípios gramaticais!
O que ou a quem eu usaria, ou mesmo, que evento ou fato me inspiraria para desenvolver um teste dissertativo onde minimamente houvesse coerência na língua e sua expressão?
Pensei então que deveria escrever sobre “Israel  no  Deserto e as Implicações da Murmuação!”
Usando em minha tese dissertativa as complicadas expressões: “ACERCA DE” – “A CERCA DE” – “HÁ CERCA DE” ,que, fonologicamente parecidas, são gramaticalmente diferentes em suas aplicações, iniciaria com uma introdução bem sucinta  de   Números 11–14, explanando sobre o que o povo de Israel murmurou (reclamou) intensamente contra Deus no deserto, e destacaria alguns versículos do Salmos 78 para melhor enriquecer a minha tentativa de representar bem a língua portuguesa e suas variantes!
Não vou aqui descrever todo texto que proporia discorrer. Vou apenas deixar o esboço para que o leitor possa avaliar como me daria no vestibular, não do curso superior, mas do curso da vida!
         “Israel  no  Deserto e as Implicações da Murmuração”
A murmuração é um mal que a alma produz  que  há  muito as Escrituras nos advertem “Acerca” dela, que gramaticalmente corresponde: sobre, a respeito de;falou “acerca” do caso”; “acerca” daquele fato, etc.
Já que murmurar implica em, produzir som surdo e prolongado falar baixinho, de forma inaudível; pronunciar em voz baixa; contar em segredo; criticar; …discorreria que as escrituras advertem-nos que “acerca disso” não devemos nem nos pronunciar! “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.”  Filipenses 2:14
Também existe um “princípio”, um  “perímetro” onde se instala a murmuração, que, pode ou não nos contaminar. Basta que comecemos a conviver com alguém com esse mal e logo  ficaremos  sujeitos a adquiri-lo! Ai entra outra regrinha gramatical que é: “A CERCA DE”, que  significa: perto de, aproximadamente. A murmuração contaminou Israel através de um elemento que saindo do seu perímetro de acção foi contaminando outros, ao ponto das Escrituras nos afirmarem que: A geração velha de Israel, com exceção de Josué e Calebe , não entraram na terra prometida porque murmuravam em suas casas , ou tendas ( Sl 106: 25 -27).
Murmuração está incluída nos maus costumes, e devemos sair desse perímetro,; …sair de “a cerca dela!”  Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes. I Cor 15:33
Para terminar, incluiria também na minha dissertativa: “HÁ CERCA DE”,  que significa proximidade em reação ao tempo. Ex:  …“há cerca de duas semanas”, …há cerca de uma hora ele falou, …há cerca de três dias que eu ouço isso, etc.
Como saberei onde e quando está acontecendo o “há cerca de”?
Existe o “Há”, do verbo “haver”, é utilizado para indicar existência de algo ou tempo decorrido. Pode ser substituído por existe (m) ou faz (indicando tempo decorrido). Murmurar também pode passar pelo processo do tempo. Pode avançar e expandir em questão de minutos, horas e dias e chegar a lugares mas distantes e a ouvidos mais argutos, engenhosos e perspicazes! Palavras de murmuração no contexto  do “há cerca de”, podem resultar em  muita desgraça! … Porque uma ave do céu poderá levar as suas palavras, e seres alados poderão divulgar o que você disser. Eclesiastes 10:20
Murmurar como Israel no contexto do “acerca de”, “ou a cerca de” ou mesmo, “há cerca de”; …é  criar “cercas”,  que contornam um espaço e obsta o acesso a ele.Não deixam nem entrar e nem sair coisa alguma a não ser a malignidade perversa da própria murmuração!
Foram esses males pelos as quais Israel fiou “cercado”  no  deserto  por 40 anos!

BONANI

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"IGREJA.PALMEIRA E O EXEMPLO DE DÉBORA!"

AMIZADE: “PURÁ É A PURA!”

O QUE REALMENTE QUER DIZER O PREGADOR SOBRE ECLESIASTES 9:8?