"ANA CAROLINA E SUA DIDÁTICA SOBRE A MIOPIA EXISTENCIAL!"
São os teus olhos a luz do teu corpo; se teus olhos forem humildes, todo o teu corpo será cheio de luz. Porém se teus olhos forem malignos, todo o teu corpo estará tomado pelas trevas. …Lucas 11:34-36
Assisti pelo Face uma pequena porção de um vídeo onde se vê a famosa cantora brasileira Ana carolina apresentando mais um de seus shows em Portugal.
Notar que;...admiro o “vozeirão” e a
qualidade musical da “menina” em detrimento de qualquer outra opção ou estilo
de vida adotado por ela!
Entretanto, em dado momento do show, ela propõem, vociferando
para uma plateia eufórica e visivelmente histérica a seguinte “mensagem”: “…Sorte
, Saúde, Amor, Grana e Sexo!...” Verdade nua e crua é que a maioria, ou quase totalidade do homo sapiens, ainda que não se exteriorize, por questões
de cobrança social, moral, religiosa ou ética, é
esse “ente-animal-racional” em busca desses itens existências. Se não todos, a
maioria desses desejos é buscado e rebuscado na alma, ou seja:
“…Saúde, Amor, Grana e
Sexo!...”
Desde que a humanidade se deu conta
de sua significância existencial terráqueo, o homem vive basicamente em função
de três categorias, as quais, posteriormente, foram designadas como: o existencialismo, o absurdismo e o
niilismo, que posteriormente foram subdivididos em: Existencialismo Ateísta, Existencialismo
Monoteísta, Absurdismo e Niilismo.
Visto que na leitura da vida
biológica em recorrência da brevidade da
vida estar inserida obrigatoriamente à linearidade do tempo e espaço,
dimensionados pelo cosmos, “na verdade”, o que realmente vale e resta de tudo isso
é a máxima: “…Sorte , Saúde, Amor, Grana e Sexo!...”
Em função dessa brevidade e “sofrência”
existencial, como canta outro , o Tim Maia, “Vale Tudo”. Tudo pela satisfação, até
que a taça da vida transborde hedonisticamente vazante, por todos os lados!
Honestamente: ...não consigo encarar a
vida assim. Há um germe dentro de mim que diz que não é assim. Minha visão é
enganadora. Meu SNC envia aos meus olhos um comando deformado e assim, em decorrência da minha doença
existencial, uma falsa visão de universo se instala em mim!
Antes porém de continuar a minha reflexão, gostaria de poder
expor as categorias de olhares existenciais e filosóficos da vida, os quais fazem parte do “olhar” básico de
toda mente pensante.
Vejamos:
“O Olhar do Existencialismo”:
é uma corrente filosófica que busca o
conhecimento da realidade através da experiência imediata da própria
existência. Não existe, no entanto, nenhuma teoria precisa ou exata que defina
o que quer dizer existencialismo.
O que é dado por certo é que este
movimento da filosofia destaca o ser humano individual como criador do
significado da sua vida. A temporalidade do sujeito, a sua existência concreta
no mundo, é aquilo que constitui o ser e não uma suposta essência mais abstrata.
Os existencialistas não concordam que
o indivíduo seja uma parte de um todo. São antes da opinião de que cada ser
humano é uma integridade livre por si mesma. A existência própria de uma pessoa
(a sua vivência) é o que define a sua essência e não uma condição humana geral.
Dentro dessa categoria do existencialismo,
temos:
Existencialismo Ateísta
Tal proposição está baseada em pelo
menos cinco premissas ou questões existências. São elas:
1. Há algo como um sentido ou
objetivo? Sim
2. Há algum significado/sentido
inerente no universo? Não.
3. A busca pelo sentido da vida
possui sentido, deve ser feita? Não, o
sentido deve ser individualmente construído, e não buscado.
4. A construção de algum sentido da
vida “particular” para o indivíduo deve ser feita? Sim, eis o objetivo do existencialismo.
5. Há alguma solução para o desejo
instintivo do ser humano por buscar algum sentido na vida? Sim, a criação de um sentido individual.
Forçados a viver dentro desse
conceito existencial ateu, o indivíduo somente estará satisfeito com a
brevidade da vida conduzida por : “…Saúde, Amor, Grana e Sexo!...”
Ainda na categoria do Existencialismo
temos:
O “Olhar” do Existencialismo
Monoteísta ou religioso.
Suas ideias decorrem também de
questões transcendentes, tais como:
1. Há algo como um sentido ou
objetivo? Sim
2.Há algum significado/sentido
inerente no universo? Sim, mas o indivíduo deve ter fé em Deus e acreditar que,
sim, há.
3.A busca pelo sentido da vida possui
sentido, deve ser feita? Sim.
4.A construção de algum sentido da
vida particular para o indivíduo deve ser feita? Sim, eis o objetivo do
existencialismo, mas este sentido deve incorporar Deus.
5.Há alguma solução para o desejo
instintivo do ser humano por buscar algum sentido na vida? Sim, a criação de um
sentido individual que envolva Deus.
Pensemos agora no “Olhar Absurdo” ou absurdismo. Sua máxima é, "o sentido da vida é
viver".
Absurdismo ou filosofia do absurdo
estabelece que os esforços realizados pelos seres humanos para encontrar o
significado no universo fracassarão finalmente por não existir tal significado
(ao menos em relação ao Homem), caracterizando-se assim por seu ceticismo em
torno aos princípios da existência.
Por que a vida é sem sentido?
A definição mais comum de
"sentido" é ter alguma meta, algo (um objeto, ou simplesmente viver
sua vida) precisa ter um propósito superior para justificá-la. Entretanto, para
que este propósito superior tenha algum "sentido", então ela precisa
ter um propósito ainda mais superior. Esta "cadeia de justificações"
nunca chega a um fim, portanto nada pode ser considerado para ter um propósito
final. Se eles não chegam a um fim, eles poderiam ainda não nos satisfazer. Por
exemplo, para uma vaca saber que seus propósito superior é servir de comida
para nós, provavelmente não a satisfaria.
Tal categoria ou estilo de vida pode
propor as seguintes hipóteses em relação a vida:
Possibilidades
Suicídio é a solução para alguns
porque ela parece uma reação racional para uma vida absurda; mas “a maioria das
pessoas tenta encontrar uma solução alternativa”. Para Albert Camus suicídio
não é a solução vantajosa, porque se a vida é realmente absurda, então o único
caminho para ocupá-la é manter a reação interna para o absurdo ir. Deste modo,
se a consciência não está viva, sua interação entre mente e absurdo não pode
existir.
Uma solução é simplesmente rejeitar a
definição; para em seu lugar definir "o sentido da vida é viver".
Esta não é uma solução para o problema acima, mas sim um problema diferente.
Muitas pessoas aceitam que a vida é
sem sentido mas não consideram isso um problema. Como acima, mesmo se um propósito
final existisse, ele poderia não nos satisfazer. Ao invés, eles criam
significado em suas próprias vidas, que não é o significado final, mas provê
algo para fazer. Eles podem também ignorar o problema.
Questões levantadas pelo Absurdismo:
1.Há algo como um sentido ou
objetivo? Talvez
2.Há algum significado/sentido
inerente no universo? Talvez, mas o homem nunca descobrirá.
3.A busca pelo sentido da vida possui
sentido, deve ser feita? Sim(mas não com
certeza).
4.A construção de algum sentido da
vida particular para o indivíduo deve ser feita? Sim, sendo este um sentido
pessoal e que encara o “Absurdo”; porém, não há como verificar se o sentido construído
por nós é equivalente (se encaixa) com algum possível sentido inerente ao
universo
5.Há alguma solução para o desejo
instintivo do ser humano por buscar algum sentido na vida? Talvez a criação de
um sentido individual, mas que não entre em conflito com algum sentido inerente
(se existir algum), ou seja, que se reserve somente à vida do indivíduo sem
dizer respeito ao “supras sentido”!
“Olhar Niilista”
Vejamos o Niilismo:
Niilismo é uma doutrina filosófica
que influencia quase todos os grupos do mundo moderno (ética, literatura,
ciências humanas, artes, teorias sociais e moral).
Essa doutrina sugere um ceticismo e
pessimismo extremos diante de situações ou realidades admissíveis. É uma linha
de pensamento que exalta de forma radical conceções positivistas e
materialistas. Consiste na negação de todos os princípios religiosos, sociais e
políticos.
Os seus seguidores acreditam que não
existe nenhuma possibilidade de sentido ou significação da existência humana.
Para eles não existe nenhuma forma de encontrar respostas para as questões
correlacionadas. Eles desapoiam verdades absolutas, convenções, normas e
preceitos morais.
Niilismo significado
Niilismo vem do latim nihil, que
significa "nada". Porém, foi Friedrich Heinrich Jacobi e Jean Paul
que chegaram ao seu sentido original. Nietzsche apresentou esse conceito
posteriormente como sendo a falta de convicção que o ser-humano passa a ter
depois da desvalorização de suas crenças.
O niilismo concebe uma atitude que
critica as relações de convenções sociais. Na Rússia, o termo
"niilista" era voltado para o movimento de revolução que aconteceu
durante o reinado de Alexandre II.
Os russos praticavam um niilismo mais
voltado à natureza religiosa, eles rejeitavam a Divindade, a existência da
alma, a essência espiritual, preceitos, ideais e princípios absolutos.
Os russos rejeitavam a ideia de um
mundo habitado pelo mal, riqueza, e por tudo que concebesse o ramo das artes,
da religião e da metafísica. O importante era usar todos os esforços para
ajudar na luta dos trabalhadores contra a opressão, as ideias preconcebidas e
as ilusões supersticiosas.
Já em 1870, seguidores do niilismo
passaram a usar formas mais radicais de protesto, muito semelhantes ao
movimento anarquista. Porém não eram todos os niilistas que faziam parte dos
grupos revolucionários.
Tipos de Niilismo
O niilismo moral é o mesmo que niilismo ético. Esse tipo de niilismo acredita que nenhuma
ação pode ser julgada como moral ou imoral.
O niilismo existencial denota que a existência dos seres humanos não possui nenhum
sentido ou intenção, sendo assim o homem não deve ficar procurando um sentido
ou um propósito para a sua existência.
O niilismo político diz que somente com o aniquilamento de todas as forças políticas,
sociais e religiosas, seria possível um futuro melhor.
O niilismo negativo foi o que deu origem a todos os outros, ele consiste basicamente num
pensamento negativo diante do mundo, percetível aos sentidos. Ele teve origem
graças ao platonismo e Cristianismo.
O Niilista responderá as questões da vida
da seguinte forma:
1.Há algo como um sentido ou
objetivo? Não
2.Há algum significado/sentido
inerente no universo? Não
3.A busca pelo sentido da vida possui
sentido, deve ser feita? Não
4.A construção de algum sentido da
vida particular para o indivíduo deve ser feita? Não, pois não há significado
algum para ser criado.
5.Há alguma solução para o desejo
instintivo do ser humano por buscar algum sentido na vida? Não.
Posto tudo isso, quero dizer:
A linearidade temporal e seu aprisionamento dimensional é proveniente de um evento fenomenal de implicações
cósmicas de natureza e categoria “imedível”, insondável, imensurável, incognoscível, etc…
Para mim a conceito existencial de
todas as coisas visíveis e invisíveis ficou absolutamente restrito ao olhar.
“O Meu Universo é o Meu Olhar!”
“O Meu Universo é o Meu Olhar!”
Carregamos a miopia existencial
cósmica adâmica!
Notar que no livro de Genesis a
primeira experiencia de conceito visual ou leitura existencial universal acontece
após a atitude de “desobediência” humana! Então vejamos: Então “foram abertos os olhos de
ambos”, e conheceram que estavam nus; pelo que coseram folhas de figueira, e
fizeram para si aventais. E, ouvindo a voz do Senhor Deus, que passeava no
jardim tardinha, esconderam-se o homem e sua mulher da presença do Senhor Deus,
entre as árvores do jardim. Mas chamou o Senhor Deus ao homem, e perguntou-lhe:
Onde estás? Respondeu-lhe o homem: Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque
estava nu; e escondi-me. Deus perguntou-lhe mais: Quem “te mostrou que estavas
nu?” Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? Genesis 3:7-11
Não resta duvidas que as perceções
de universo e sua criação, como também a auto imagem que o homem possuía em seu
“Primeiro Olhar”, incluindo outros intermináveis dotes potenciados na criação
original, sofreram uma transformação e deformação catastrófica de dimensões cósmicas
e “cosmicamente” irreparáveis, as quais produziram um "outro olhar"! O significado existencial da “Visão Original”
em relação a “abertura de outra visão” é de um adoecimento e distanciamento eternos!
À partir daí tudo passou a ser
categoricamente circunscrito a nomenclaturas e subnomenclaturas
existencialistas, as quais, se não houver metanoia, imporão insatisfatoriamente
o desejo no homem, no dizer e na "visão"da profetiza Ana Carolina: “…Sorte , Saúde, Amor, Grana e
Sexo!...”
São os teus olhos a luz do teu corpo; se teus olhos forem humildes, todo o teu corpo será cheio de luz. Porém se teus olhos forem malignos, todo o teu corpo estará tomado pelas trevas. …Lucas 11:34-36
São os teus olhos a luz do teu corpo; se teus olhos forem humildes, todo o teu corpo será cheio de luz. Porém se teus olhos forem malignos, todo o teu corpo estará tomado pelas trevas. …Lucas 11:34-36
Bonani
Vou Bem explicado.. vou fazer uma análise a partir da pirâmide de Maslow. O ser humano tem necessidades. Na base da pirâmide, necessidades básicas como fome, sede, sexo... enquanto ele não consegue resolver essas necessidades permanece nessa esfera. Feito isso, vem as necessidades de segurança física, econômica, satisfeitas vem a necessidade sociais, estar com amigos, grupos... depois vem as necessidades de auto estima, sentir-se querido amado, e só depois por último viriam as necessidades de auto realização. A música da Ana Carolina me mostra que parece que existe uma intenção de fazer com que as pessoas permaneçam nas necessidades básicas.
ResponderExcluirPor outro lado olhando a questão biológica e ai vou usar a teoria do Paul Mclean do cérebro em 3 módulos: O reptiliano, o emocional e o módulo mais atual e avançado que é o cortex -pré frontal. Veja... parece que assim como na dinâmica da pirâmide onde apenas se fica nas necessidades básicas, aqui também acontece algo parecido. A Humanidade é condicionada a operar na parte mais primitiva do cérebro, a reptiliana, onde o que valem são os instintos, a sobrevivência, o matar ou morrer, as atitudes de briga e desavenças.... não se cria uma sociedade para gerrar no ser humano um salto para as atitudes do cortex-pre frontal que seriama titudes inteligentes, e de reflexão! Assim, para mim a música da Ana Carolina não é apenas uma conceituação filosófica existencial, mas social e biológica. E isso é feito de forma intencional, ou seja, o sistema em que vivemos quer que sejamos assim! Qual seria o motivo?