"Embaixada. A Cidade. O Templo. Meu Bilhete Garantido Para A Nova Jerusalém!"




"Para se Ler Atentamente antes de me Julgar Herege!"

"Honestamente eu não entendo esse raciocínio de uma expressiva parcela de evangélicos brasileiros  que vivem publicando que apoiam a transferência da embaixada do Brasil em Telavive para Jerusalém.
No espírito do Jesus contemporizado, ou seja, imaginem que historicamente ele estivesse atuando hoje; nós o veríamos realizando sua maior parte ministerial fora de Jerusalém. Seu batismo foi fora de Jerusalém. A composição dos apóstolos se formou fora de Jerusalém. A declaração da fundação de sua Igreja foi fora de Jerusalém. Quando ele chorou olhando de uma considerável distância, no cimo de um monte e declarou juízo sobre Jerusalém, foi fora da cidade. Ele mesmo vaticinou a destruição do maior símbolo de culto em Jerusalém que era o templo, dizendo que não ficaria pedra sobre pedra que não fosse derribada. Mesmo quando os discípulos, após sua ressurreição, tentaram criar uma embaixada evangélica na cidade, foram empurrados para fora de Jerusalém.(Atos 8:1...). Paulo em seus escritos, como também os demais apóstolos e João sob revelação declarou que o que nos espera é a Nova Jerusalém que não tem nada a ver com essa terrena. Questiono:
Qual o interesse dessa gente?
1°- Possuem uma escatologia dispensacionalistas que interpreta literalmente os textos bíblicos?
2° - É conveniente manter essa linha de raciocínio para manter as peregrinações evangélicas à cidade santa e com isso garantirem lucros financeiros com esse tipo de proposta?
3- É total ignorância àcerca de uma verdadeira interpretação do Evangelho de Jesus Cristo?
4- Ou talvez seja mesmo  minha total ignorância àcerca desse assunto escatológico, e, urgentemente, preciso garantir meu bilhete de peregrino e alinhar  minha fé com toda essa afirmação evangélica de cunho idolátrico geográfico. ( O que não farei logicamente nunca!).
Enfim, cabeça de crente é um verdadeiro labirinto teológico!"
Abaixo o que penso sobre o assunto, como também serve como respostas sobre minha leitura desse fenômeno!
"Iniciei dizendo que não entendo. Não entendo desde o tempo das cruzadas que despedaçaram milhares de pessoas, onde crianças iam para uma guerra santa para resgatarem Jerusalém da ocupação inimiga. Não entendi porque a leitura que faço sobre o maior profeta de todos ele mesmo diz que a questão agora não é mais a geografia terrena, nas a do interior, do espírito."Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. João 4:19- Não entendo, porque minha teologia acredita que o próprio Senhor Jesus declarou que essa escatologia  geográfica não pertence bem a esfera do Filho, nem de  seus primeiros apóstolos, e de nenhum outro que se atreva a descortinar o insondável  e inexplicável propósito do Pai! "Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder." Atos 1:6-7
Entendo sim que e possível entender que para o verdadeiro discípulo de Jesus, a Jerusalém terrena já não é alvo de preocupação de ocupação terrena, até porque se todos resolverem fazer estadia na cidade, haverá uma contingência insuportável e infinita ente impossível simplesmente por força do próprio espaço geográfico. rsrsrs. Quanto isso a questão óbvia por si responde! O Sumo Sacerdote já passou por Salém. Já profetizou em Jerusalém e nos espera para as grandes bodas na Nova Jerusalém! Cidade que não é construída por mãos humanas. Nela n BBada de pecaminoso, onda que com aparência e culto da pseudo santidade não entra!" Eu o farei coluna no templo do meu Deus, . . . e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu da parte do meu Deus.” Apocalipse 3:12 / Jerusalém de Cima”
Em Gálatas 4:26 lemos a respeito de mais outra “Jerusalém”. Trata-se da “Jerusalém de cima”. E quem é ela? O apóstolo Paulo diz sobre ela: “A Jerusalém de cima é livre, e ela é a nossa mãe.”
Em Apocalipse 21:1, 2 e 10, João situa esses vencedores em “um novo céu”, e descreve seu grupo composto como “a cidade santa, a Nova Jerusalém, descendo do céu, da parte de Deus, e preparada como noiva adornada para seu marido”, Cristo, o noivo! Essa é minha escatologia, o resto é manual tipo aqueles tipo Hal Lindsey."
Acrescento ainda uma reflexão que alinha absolutamente com o que creio sobre Ezequiel dos cap. 40 ao 47.
"Não interpreto literalmente esses capítulos como fazem os dispensacionalistas que iniciando pela Escola dos Irmãos  Unidos(Inglaterra), alcançou terreno fértil na América do Norte.
Não literalizo!
Para meu espírito é até melhor usar uma figura de linguagem do tipo alegórica, a qual na verdade é uma das ferramentas da Hermenêutica e porque não dizer da Exegese bíblica,auxiliando o estudo escatológico.




Ezequiel dis cap. 40-47

"A imagem que nos é oferecida pelo profeta Ezequiel acerca de um templo que cresce para dentro de si mesmo me toca o coração de modo profundo e quase inigualável ( O TEMPLO QUE CRESCE PARA DENTRO).
A descrição é como segue:
Entra-se em algo semelhante a uma caixa pequena, e, dentro dela, tudo começa a crescer; ganhando medidas cada vez maiores internamente (uma construção só passível de ser construída teoricamente pelo homem se pudéssemos construir para dentro; e isto com instrumentos de natureza quântica) — e em cujo templo existe um Altar do qual procedem as Águas Vivas, as quais são vertidas do interior do Templo que cresce para dentro, e que saindo do Altar escorrem pelas portas do Templo (o qual é situado em sua impossibilidade humana de construção em Jerusalém); e em seguida descem entre a cidade e o Monte das Oliveiras; sempre descaindo conforme o declive; indo assim pelo Vale do Cedrom, pela ladeira longa que corta o deserto da Judéia; continuamente serpenteando entre abismos, até chegar em Jericó e por fim ao Mar Morto; sendo que por onde quer que passe tal derrame de águas vivas, tudo reverdece, cresce, torna-se frutífero, gerando oásis e lugares regados e viçosos; e por último convertendo o Mar Morto num lugar cheio de peixes e de vida.
Muitas coisas me comovem nas imagens dadas por Deus ao profeta Ezequiel acerca do verdadeiro Templo de Deus e do poder de vida que dele emana.
Alguém pergunta: Com o quê você se comove?
Ora, minha resposta é simples:
Comovo-me ante a impossibilidade humana de realizar tal construção. Isto porque para mim seria medíocre e estranhamente inamável se tal Templo fosse um prédio. Entretanto, ao vermos que as medidas dadas na Bíblia em côvados começam erguendo algo pequeno e que vai crescendo de modo impossível para dentro de si mesmo, acabam com todos os messianismos exteriores (como o fanatismo de se construir um templo em Jerusalém a fim de “cumprir a profecia” pela força da iniciativa humana).
Do mesmo modo essa revelação de como tal Templo é em sua natureza divina destrói toda presunção humana de dar qualquer que seja “a mãozinha a Deus”; ou ainda de ensoberbecer-se com exterioridades; pois, sendo a construção como é (impossível ao homem), o que sobra para nós é apenas o privilégio de entrar em tal Templo em Cristo Jesus, para então tornarmo-nos nós mesmos templos conforme o Templo - Jesus; e, desse modo, passando nós a derramar a mesma Graça que nos fez beber e ser inundados pelas águas do Altar-Espírito de Jesus.
Além disso, emociono-me com aquilo que acima acabei de afirmar de passagem; ou seja: que a dimensão Essencial de tal profecia tem apenas a ver com Jesus; ficando – entretanto – o privilegio para homem de tornar-se semelhante ao Templo que em Jesus ganhou sua concreção histórico-existencial. Assim, antes de ser um templo gerado pelo Templo, eu era apenas parte do cenário de fissuras, falhas, abismos, desertos e morte. Sim, eu era a coisa morta e parte de tudo o que estava morrendo. No entanto, quando as águas vivas me tocaram e depois me cobriram como águas de um afogamento na salvação plena, então, entrei no Templo Impossível aos homens, para então eu mesmo penetrá-lo até ao fundo, vendo que minhas experiências do lado de dentro vão dando vida aos meus cenários do lado de fora, posto que o ideal divino é que minha história humana em Deus e com os demais homens, seja equivalente em qualidade ao aprofundamento de minhas percepções na viagem para o interior de Deus (em Jesus) pelo Espírito. 
Jesus era tão “impressionado” com as imagens de Ezequiel que as usou de modo chocante e teatral. De fato Jesus usou tais figuras com a intenção de afirmar a entrada de Deus no homem a fim de gerar a entrada do homem em Deus, produzindo o resultado da cura crescente do homem ao mesmo tempo em que faz do curado um ente curador. Na realidade Jesus usou um momento de rito simbólico dos sacerdotes do templo de Jerusalém (nos dias de Jesus era o Templo de Herodes, o Grande) com o propósito de ensinar vividamente o significado de crer Nele. O sacerdote apanhava um cântaro de ouro e descia em procissão até ao poço de Siloé, tomava água, e subia ao templo, onde derramava as águas na esquina do altar e citava a profecia de Ezequiel.
Foi neste ponto do teatro que Jesus interferiu e disse:
“Ora, no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva.”
Ora, foi por esta razão que Jesus ilustrou a fé Nele mesmo como algo que tinha nas imagens profético-simbólicos do profeta Ezequiel seu cumprimento.
Assim fazendo Ele nos deixou “ver” a forma de uma construção não desta possibilidade dimensional a fim de facilitar nosso entendimento do que seja a vontade de Deus quanto ao Bem que o Evangelho e o Espírito do Deus vivente podem operar em nós.
Também é interessante que dentro do templo haja anjos e palmeiras; e que dele procedam as águas que geram cura. Anjos e palmeiras significam o equilíbrio da verdadeira espiritualidade, que combina natureza (palmeiras) com celestialidade (anjos).
Desse modo à medida que alguém entra no Templo Impossível (Jesus) pela fé (crer), mais verá do lado de fora o surgimento concreto daquilo que internamente já faz parte de seu próprio cenário espiritual.
Ora, Jesus é este Templo para que nós possamos ser segundo o seu modelo.
Assim, quando ouço a Palavra e nela creio, bebo das águas vivas que procedem do Altar do Espírito, e vou sendo invadido e afogado pela Graça em todas as áreas de meu ser, atingindo até a minha dimensão mais intima e inatingível (Mar Morto). Entretanto, isto mesmo é equivalente a entrar no Templo - Jesus e conhecer o Seu Interior a fim de que nosso próprio interior se torne semelhante Àquele no qual adentramos pela fé.
Desse modo, quando entro no Templo não feito por mãos humanas, vou me tornando semelhante a Ele mesmo; sendo que o final do processo é que a partir de mim as mesmas águas de derramam pelo mundo, até ao “Mar Morto”.
O Quadro de Ezequiel (o Templo, o Altar, as águas, as curas e milagres que vão correspondendo ao meu mergulho e entrada no Templo e nas águas) é feito das imagens mais lindas, e por meio delas eu entendo a beleza do que me está sendo oferecido gratuitamente em Jesus."
Assim seja;
Amém!

Bonani

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