"CIRCULO DA TOALHA E DA BACIA E O LÍDER QUE BRILHA."(Admiradores ou Servos?)


Por que Jesus lavou os pés dos apóstolos? - Cursos de Teologia e ...
“Estava próxima a festa da Páscoa [a]. Jesus sabia que tinha chegado a hora de ele ir embora deste mundo e voltar para o Pai. Ele tinha sempre amado aqueles no mundo, que eram dele, e mostrou a eles que seu amor era completo. Jesus e os seus discípulos estavam jantando. O diabo já tinha convencido Judas Iscariotes a trair Jesus. (Judas era filho de Simão.) Jesus sabia que ele tinha vindo de Deus e que ia voltar para Deus. Ele também sabia que o Pai tinha lhe dado poder sobre todas as coisas. Por isso, durante a ceia, Jesus se levantou, tirou a sua túnica e, pegando uma toalha, amarrou-a na cintura. Depois, derramando água numa bacia, começou a lavar os pés dos seus discípulos e a enxugá-los com a toalha que tinha na cintura. Quando chegou a vez de Simão Pedro, ele disse a Jesus:

—Senhor, vai lavar os meus pés?
Jesus respondeu:
—Você agora não entende o que eu estou fazendo, mas vai entender mais tarde. Pedro disse:
—Não! O senhor nunca vai lavar os meus pés.
Jesus então respondeu:
—Se eu não lavar os seus pés, você não terá mais nada a ver comigo. Simão Pedro pediu:
—Senhor, então não lave somente os pés, mas também as mãos e a cabeça!
Jesus disse:
—Aquele que toma banho só precisa lavar de novo os pés, pois todo o resto do corpo está limpo. Vocês estão limpos, mas nem todos.(Jesus sabia quem era aquele que iria traí-lo. Foi por isso que ele disse: “Nem todos vocês estão limpos”.) Acabando de lavar os pés deles, Jesus vestiu sua túnica, voltou para a mesa e perguntou a todos:
—Vocês entenderam o que eu acabei de fazer a vocês? Vocês me chamam de Mestre e Senhor e têm razão, pois eu o sou. Se eu, que sou Senhor e Mestre de vocês, lavei os seus pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros.  Eu fiz isto para servir de exemplo a vocês. Assim, como eu fiz a vocês, também façam uns aos outros. Digo a verdade a vocês: Nem o servo é superior ao seu senhor, nem o mensageiro é superior a quem o enviou. Se vocês entenderem estas coisas, serão felizes se as praticarem.” João 13:1-17



Nesses anos todos de ministério eclesiástico, pela Graça do Pai; tenho percebido algumas tentações que me acompanham no dia a dia do meu episcopado. São práticas diárias, sutis e sedutoras, pelas quais, posso cair na presunção de achar que sou a última bolacha do pacote ou a última Coca Cola no deserto! rsrsrs
Por exemplo: Dias atrás estava folheando um livro.Um dos seus capítulos, abordava o tema: “Líder que Brilha”.Eram baseados em textos bíblicos, mas que ao mesmo tempo,  me aliciavam à procura ser quase que, onipotente no  meu círculo de ações ministeriais!
Percebo, numa leitura absolutamente despretensiosa, que Jesus, meu maior exemplo em todas as esferas e níveis, nunca procurou ser o líder que brilha, mas potencialmente era vocacionado como “Servo de Todos!” 
Tenho constatado que  uma das mais aliciantes propostas da "liderança que quer brilhar", é o sentimento de superioridade,seja ela consciente ou subconsciente.Percebo que sentimento de "liderança que quer brilhar" produz "admiradores seguidores”. 
No meio disso tudo; Jesus continua sendo o admirável exemplo de um “Servo que Brilha”. 
Tenho procurado buscar em seus atos, minha rotina diária ministerial!
… Digo a verdade a vocês: Nem o servo é superior ao seu senhor, nem o mensageiro é superior a quem o enviou. Se vocês entenderem estas coisas, serão felizes se as praticarem.” João 13:16-17). 
Essas máximas de Jesus, propõem a mim, uma  vida vocacional que necessita e deve ser pautada pela humildade de servir e granjear verdadeiros e sinceros amigos. Isso é muito mais relevante, do que apenas querer ostentar "liderança brilhante" e viver a ilusória e passageira sensação de ser admirado por seguidores. 
Admiradores e seguidores passam! 
Quero amigos, não admiradores! 
Quero também se amigo e não admirador!
Sim!
Pessoas que me respeitem pelo caráter e pelo que faço na excelência do serviço e não somente pela performance, curriculum, competências e preparado, acompanhados de um sorriso encantador. 
Em meados de 2013, sofri a mais extraordinária e maravilhosa crise ministerial que alterou de forma radical a minha forma de encarar “liderança”. Dali para cá, muitas coisas aconteceram e alguns processos articulados por Deus ainda estão acontecendo, arrancando do meu coração, sutilezas, vaidades e orgulhos disfarçados, que se escondem  na aparência da plástica vocacional. 
À partir daí, espontaneamente, fui deixando fluir minha vocação. Não foi de admirar que o   círculo ao meu redor dos que eram apenas  "admiradores seguidores” foi drasticamente reduzido para uma expressão bem menor. Mesmo assim; com tudo isso desencadeando em minha vida,  sempre serei grato ao meu Senhor, que me incluiu no seu “circulo da toalha e da bacia”. Que me permite ministrar de baixo para cima, do pé para a cabeça, do chão para o céu, do pó para as regiões celestiais, numa constante construção processual e sólida. No verdadeiro sentindo de edificar genuínos relacionamentos e discípulos para Ele! Efésios 4:11-12

Bonani

Comentários

  1. Glória a Deus por toda essa sua desconstrução e abertura de uma nova visão que não apenas vê, mas enxerga e vive princípios dos quais um verdadeiro discípulo não pode abrir mão.
    Brilha, Jesus!!! ✨

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  2. Sábia reflexão sobre as emoções obscuras e quase imperceptíveis que podem atingir inclusive um ministro sério da da palavra. Cabe a nós, fazermos diariamente a análise sincera de nossa conduta interior em relação aos propósitos que nos fazem caminhar no exercício do ministério, para sempre mantermos sadia e humildemente serva a nossa fé. Deus abençoe.

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