"Pastor ou Adestrador de Almas?"

 "Pastor ou Adestrador de Almas?"




Cheguei a seguinte conclusão. Em todos esses anos de ministério,

me certifico de que: Pastorear é uma vocação que exige  conhecimento, aprofundamento e garimpo dos entulhos da  alma humana, como também das virtudes cultivadas. 

Se o ministério não obedecer esse padrão de atitude e conduta, o Pastor não é um chamado , mas sim, um adestrador de almas.  

Digo isso porque...

Estamos vivendo o tempo da maior crise de verdadeiros vocacionados ao Ministério Pastoral. Esse fenômeno tem produzido uma geração de "crentes com espirito de adestramento."

  O termo "espírito de adestramento" pode ter uma conotação negativa quando se refere a um ambiente ou mentalidade em que a disciplina e a obediência são impostas de maneira excessivamente rígida, autoritária ou até opressiva. Nesse contexto, a ênfase é colocada mais na conformidade e na submissão do que no aprendizado e no crescimento pessoal. Como uma manada de bois.


Sinais notórios de Um Pastor Adestrador


Alguns exemplos de espírito de adestramento em um sentido negativo podem incluir:


Controle Exagerado: Situações onde os indivíduos são constantemente monitorados e controlados, sem espaço para autonomia ou criatividade.


Punição Severas: Uso de punições extremas para impor disciplina, em vez de métodos positivos de reforço.


Falta de Empatia: Desconsideração pelos sentimentos, necessidades e bem-estar dos indivíduos, tratando-os como meros números subordinados aos ensinos impostos.


Pressão Excessiva: Exigir perfeição e desempenho impecável, levando a altos níveis de estresse e ansiedade.


Ambiente Opressor: Um ambiente onde o medo é usado como ferramenta de controle, e a dissentimento é reprimido.


Os sinais mais notórios de um Pastor de Almas:


Entretanto. O Ministério de curar os cativos, pastorear o rebanho e o apresentar  adequado ao Sumo Pastor, requer todo o cuidado de um vocacionado que  "vela por  almas, como aquele que há de dar conta delas;..." Hebreus 13:17. Ele Observa a alma  e a contempla como  um teatro sem fim.

Esse olhar que não julga, mas decifra. Não condena, mas investiga; Não se ergue acima, mas mergulha fundo.


Compreende que: A tragédia e a comédia se enlaçam no destino humano, pois a existência oscila entre a grandeza e a pequenez, entre o sublime e o ridículo. Rir das quedas dos outros é esquecer que o pastor também, está sujeito a cair do mesmo modo. Desprezar as ilusões da alma é ignorar as suas, mas, compreender exige proximidade, risco, exposição!


Possui um olhar que compreende e não se fecha na ironia nem na indiferença. Ele adentra as contradições humanas com o rigor de um pensador e a ternura de um poeta. Vê na loucura uma forma de lógica tortuosa, na hipocrisia um refúgio contra o desamparo, no erro a tentativa cega de acerto.


Sabe por natureza vocacional e de alma: O homem é um ser que tateia no escuro, guiado por certezas que amanhã serão pó. Ele erra porque busca, cai porque caminha, mente porque teme. Antes; é  aquele que, em meio ao caos das máscaras, ousa enxergar a verdade oculta nos gestos mais banais.


Senhor... Levanta pastores que sejam vocacionados segundo o teu coração!


"E vos darei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com ciência e com inteligência." Jeremias 3:15


Bonani. 


"Chamado para ser Pastor e não adestrador de Almas"

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