Sem passado. Sem presente . Sem futuro...

 


Dentro de um buraco negro, o tempo não passa da forma como o conhecemos e isso não é apenas uma ideia poética, mas uma realidade descrita pela física.


Segundo a Teoria da Relatividade Geral de Einstein, tempo e espaço são entrelaçados numa malha chamada espaço-tempo, que pode ser deformada pela presença de massa e energia. Quanto maior a massa, maior a deformação. Um buraco negro é o extremo dessa ideia: uma concentração de massa tão intensa que colapsa o espaço-tempo ao seu redor.


À medida que nos aproximamos do horizonte de eventos ( o limite a partir do qual nada mais pode escapar ) o tempo começa a se distorcer. Para um observador externo, algo que cai em direção ao buraco negro parece desacelerar, como se estivesse congelado no tempo, nunca ultrapassando de fato o horizonte. Mas para quem está caindo, o tempo continua a fluir… até o momento em que cruza esse limite.


Dentro do horizonte de eventos, o tempo se curva tanto que se comporta como o espaço: inexorável e unidirecional. Não há mais "futuro" no sentido convencional, apenas um destino inevitável em direção ao centro (a singularidade) onde as leis da física conhecidas deixam de funcionar.


Diz-se que ali o tempo para, mas é mais certo dizer que ele perde o sentido. 

Bonani

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