"Bíblia. Texto.Escritura. Inspiração Plenária.Inspiração Parcial. O Verbo e eu!"


Antes da canonicidade dos escritos apostólicos, havia os escritos apostólicos que depois de agrupados se tornaram canonicamente a Bíblia do Novo Testamento, posto que antes dos Escritos a Palavra/Verbo/Cristo era experimentada e experienciada pelo simples fato testemunhal do próprio testemunho do Verbo na sua ação e atuação na alma humana, sem necessidade nenhuma de dogmatizar exteriormente a fé, que uma vez imperada e interiorizada no coração, em consciência, se tornava regra de fé e prática. 
Anos depois, por questões de esclarecimentos internos nas comunidades da fé, o privilegio de ter recebido o primeiro desses  escritos do Novo Testamento, em forma de carta, foi à comunidade de Tessalônica. Paulo evangelizou a Tessalônica no período da segunda viagem missionária, Atos 17:1-10. No verão do ano 50 d.C. Nesta viagem Paulo foi forçado a trocar seu percurso por ataque dos Judeus e dirigiu-se então para Bereia, depois Atenas e Corinto. Em sua permanência na cidade de Corinto no período invernal encontrou tempo para escreve a Primeira Carta aos Tessalonicenses, junto com seus companheiros. Assim foram também sendo escritos outras variadas cartas, ou outras dezenas de epistolas, as quais foram endereçadas as variadas comunidades da época e sempre sob um ponto de vista dos desafios da época. 
Quando me perguntam sobre inspiração dos Livros da Bíblia tanto do Velho como do Novo, muitas vezes, a ideia central é qual é minha posição sobre Inerrância, inspiração plenária ou inspiração parcial!
Creio plenamente que o Livro aos Hebreus é o mais esclarecedor sobre esse assunto, pois nele temos a exposição do Verbo (Logos) que é antes de todas as coisas. Hebreus 13.8. Nele, Hebreus, a Encarnação do Verbo Eterno, se manifesta maior do que qualquer Escritura. Ora, mas alguém diria: De onde você soube e sabe de Jesus se não das Escrituras? É verdade que eu só soube de Jesus pelas Escrituras, especialmente as do Novo Testamento. No entanto, uma vez que pelas Escrituras soube de Jesus, a revelação de Jesus nos Evangelhos, e nas Cartas Apostólicas, cresceu ante os meus sentidos, e de tal modo, que logo, inexplicavelmente, eu era parte do Evangelho; e já não me sentia como um estrangeiro, que, pelo conhecimento, desejava saber “como era”; porém, muito diferentemente disso, eu me sentia presente, tomando parte, andando com Jesus fora da Bíblia, na rua, onde eu ia; e isso de tal modo que a Palavra de Deus passou a ser o Caminho com Deus, conforme a consciência do Evangelho; e mais que isto: a vivencia de Cristo em mim e eu Nele. Desse modo, só há Palavra de Deus realmente em operação para o homem quando a Palavra se torna viva em sua relação pessoal conosco em Cristo. Portanto, antes de dizer que a Bíblia não é a Palavra de Deus (pois foi por meio dela que eu soube de Jesus, a Palavra Eterna), é muito mais próprio afirmar que Jesus é a Palavra de Deus, e que a Bíblia é o texto que nos dá acesso inicial a uma informação que somente será verdade para nós se for experimentada existencialmente; ou seja: no Espírito Santo; na existencialidade; no íntimo; no ambiente do coração; mediante a fé e a confiança. E mais: que tal percepção faz de Jesus a “Chave Interpretativa” de toda a Escritura; pois, segundo Hebreus, em Cristo, muita coisa da própria Escritura caiu em obsolescência.
Pensando e vivendo assim, lendo a Bíblia, posso encontrar contextos da época em que foram escritos, obsoletos. Posições pessoais naturais da natureza humana que não tem nada de inspiração divina.Como também encontro escritura divinamente inspirada, inspiração humana, contexto histórico, cultural, local, pessoal. Tudo isso em um livro que em sua formatação é humano e em sua aplicação da Palavra(Verbo) é inspirado. Em sua letra não reclama inerrância, mas em sua essencialidade Verbal do Verbo Cristo, é inerrante!

Assim vivo a Palavra.
Assim penso a Palavra.
Assim prego a Palavra!


Bonani

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