A GRAÇA QUE ATERRORIZA
Segue abaixo mais uma postagem profundamente interessante do meu amigo Marcello de Oliveira
A graça que aterrorizou Pedro
Um leitor do meu site me enviou, de Vitória (ES), um livro de presente: Irmãos, nós não somos profissionais, de John Piper. Comecei a lê-lo e aprendi muito. No capítulo “Irmãos, conduzam as pessoas ao arrependimento”, Piper fala da reação dos homens à graça. Cita Lucas 5.1-10, onde Jesus ordena aos discípulos para se afastarem um pouco da praia e lançarem a rede. Pedro diz que eles trabalharam a noite toda e nada pegaram, mas à luz da ordem de Jesus, lançaria as redes.
Vieram tantos peixes que as redes começaram a romper-se e os dois barcos quase afundaram. Suas necessidades foram supridas além do que esperavam. Isto se chama graça. Até aí, sabemos bem. Mas Piper comenta a reação de Pedro: “A reação de Pedro foi notável, bem diferente da reação moderna e orgulhosa diante da graça” (p. 138). É mesmo. A graça aterrorizou Pedro: “Vendo isso Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador. Pois, à vista da pesca que haviam feito, o espanto se apoderara dele e de todos os que com ele estavam” (vv. 9-10).
Quem prova a graça deveria se espantar e atemorizar. Há quem se orgulhe. Você já viu os títulos que as igrejas se dão? Viva, Renovada, da Verdade, Avivada, Do Poder, Da Prece Poderosa, Santa, sempre um título que as enaltece, mesmo quando menciona Deus. A idéia é que aquele grupo tem copyright dele. Ninguém funda uma igreja e a chama de Igreja dos Pecadores Miseráveis Salvos Pela Graça! Você já viu alguma Igreja dos Indignos? Já notou as orações de alguns: “Quero meus direitos”? Ora, o direito dos pecadores é o inferno. Temos nos esquecido da graça. Deus é movido pela sua graça. Não por nossos méritos.
Há muito orgulho, muito antigraça em nosso meio. Gente que se orgulha do templo da igreja, ou da sua receita financeira. Ou ainda do nível social da membresia. Isto é a negação do evangelho.
Alguns usam a graça como desculpa para pecar: “Deus é Pai, e não vai relevar o que eu fizer, porque pai acoberta os erros dos filhos”. Não é o que pensa a cultura contemporânea? A graça não induz ao pecado, mas constrange à santidade. Um Deus tão bondoso merece ser amado e honrado. Outros usam a graça para se elevarem sobre os outros. São os “preferidos” de Deus, porque receberam mais favor. A graça não envaidece, mas quebranta, porque dá noção de nossa realidade. O orgulho espiritual nega ou torce a graça.
A graça aterrorizou Pedro! Exatamente por ser graça! Volto a Piper: “Pedro viu no milagre de Jesus um tesouro de esperança e alegria tão maravilhoso que ficou devastado diante da perspectiva de como sua vida estava fora de sincronia com tudo isso” (p. 140). A graça surpreende e choca. Não merecemos nada. Tudo é bondade, fruto da graça de Deus. Um dos termos para graça é o hebraico hen. É o ato de um superior que, frustrado com um inferior que o decepcionou e merece reprovação, trata-o com bondade.
Nós não somos bons e não temos motivo algum para nos gloriarmos. Nossas virtudes são trapo de imundícia: “Pois todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia” (Is 64.6). “Trapo de imundícia” alude aos absorventes menstruais que as senhoras da época usavam. Eles não eram guardados. Eram jogados fora, como sujos e inúteis. Nosso melhor é sujeira. Mas o melhor de Deus é graça. Graça não vê sujeira. Vê necessidade. Se você recebeu graça, não se envaideça. Glorifique a Deus. Sem por o foco em você, porque há muita glória a Deus que é glória ao homem.
Pr Isaltino Gomes Coelho
Adaptado por: Pr Marcelo Oliveira
Vieram tantos peixes que as redes começaram a romper-se e os dois barcos quase afundaram. Suas necessidades foram supridas além do que esperavam. Isto se chama graça. Até aí, sabemos bem. Mas Piper comenta a reação de Pedro: “A reação de Pedro foi notável, bem diferente da reação moderna e orgulhosa diante da graça” (p. 138). É mesmo. A graça aterrorizou Pedro: “Vendo isso Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador. Pois, à vista da pesca que haviam feito, o espanto se apoderara dele e de todos os que com ele estavam” (vv. 9-10).
Quem prova a graça deveria se espantar e atemorizar. Há quem se orgulhe. Você já viu os títulos que as igrejas se dão? Viva, Renovada, da Verdade, Avivada, Do Poder, Da Prece Poderosa, Santa, sempre um título que as enaltece, mesmo quando menciona Deus. A idéia é que aquele grupo tem copyright dele. Ninguém funda uma igreja e a chama de Igreja dos Pecadores Miseráveis Salvos Pela Graça! Você já viu alguma Igreja dos Indignos? Já notou as orações de alguns: “Quero meus direitos”? Ora, o direito dos pecadores é o inferno. Temos nos esquecido da graça. Deus é movido pela sua graça. Não por nossos méritos.
Há muito orgulho, muito antigraça em nosso meio. Gente que se orgulha do templo da igreja, ou da sua receita financeira. Ou ainda do nível social da membresia. Isto é a negação do evangelho.
Alguns usam a graça como desculpa para pecar: “Deus é Pai, e não vai relevar o que eu fizer, porque pai acoberta os erros dos filhos”. Não é o que pensa a cultura contemporânea? A graça não induz ao pecado, mas constrange à santidade. Um Deus tão bondoso merece ser amado e honrado. Outros usam a graça para se elevarem sobre os outros. São os “preferidos” de Deus, porque receberam mais favor. A graça não envaidece, mas quebranta, porque dá noção de nossa realidade. O orgulho espiritual nega ou torce a graça.
A graça aterrorizou Pedro! Exatamente por ser graça! Volto a Piper: “Pedro viu no milagre de Jesus um tesouro de esperança e alegria tão maravilhoso que ficou devastado diante da perspectiva de como sua vida estava fora de sincronia com tudo isso” (p. 140). A graça surpreende e choca. Não merecemos nada. Tudo é bondade, fruto da graça de Deus. Um dos termos para graça é o hebraico hen. É o ato de um superior que, frustrado com um inferior que o decepcionou e merece reprovação, trata-o com bondade.
Nós não somos bons e não temos motivo algum para nos gloriarmos. Nossas virtudes são trapo de imundícia: “Pois todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia” (Is 64.6). “Trapo de imundícia” alude aos absorventes menstruais que as senhoras da época usavam. Eles não eram guardados. Eram jogados fora, como sujos e inúteis. Nosso melhor é sujeira. Mas o melhor de Deus é graça. Graça não vê sujeira. Vê necessidade. Se você recebeu graça, não se envaideça. Glorifique a Deus. Sem por o foco em você, porque há muita glória a Deus que é glória ao homem.
Pr Isaltino Gomes Coelho
Adaptado por: Pr Marcelo Oliveira
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