“AS SETE VISÕES DA RESSURREIÇÃO!”


                            

Lendo a narrativa de João cap. 20., que  descreve a ressurreição do Senhor;  …encontrei por sete vezes o verbo “ver” conjugado no presente do indicativo.
Analisando mais profundamente, pude perceber que cada forma de ver (visão) manifestada naquela manhã de domingo, revelam as várias configurações e ideias que podemos também esboçar ao vermos Jesus!
Algumas declarações abaixo, nos ajudarão a estruturar o raciocínio que a passagem joanina nos permitir  ter   sobre os vários tipos de visão que Maria, João e Pedro nos revelam!
Disse certa vez alguém:
“Ao ser carente de visão, uma grande parte da verdade fica invisível."
“A mudança para melhor só tem  início quando se enxerga, com clareza, a próxima etapa!”
"Se você não tem uma visão de futuro, está condenado a viver eternamente a repetição de seu passado."
O domingo da ressurreição é a proposição para uma visão clara e concreta sobre a pessoa de Jesus! Entretanto; a forma com que os discípulos “experienciaram” aquele evento, revela que podemos expressar muitas formas de “ver”!
Quais os tipos de “visões” que encontramos naquela manhã de ressurreição?
Examinemos as prescrições de João cap. 20., e façamos um teste oftalmológico como fizeram, Maria, João e Pedro.

VISÃO   NATURAL! vs 1
E no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. João 20.1

Diz o texto que: …ainda estava escuro e que Maria viu que alguma coisa estranha  havia acontecido, entretanto, seu olhar limitou-se a compreender apenas na dimensão natural, conseguindo “naturalmente” compreender que a pedra fora removida!
É quando o olhar fixa-se nos limites naturais.
Assim como Maria ,que, envolvida pela escuridão daquela madrugada, podemos também ser tomados de uma visão natural sobre a ressurreição. Tais circunstâncias naturais impedem experiencias sobrenaturais e impede-nos  a  visão consciente de que Jesus já ressuscitou!
VISÃO DIMENSIONAL! (distância) vs 5
E, abaixando-se, viu no chão os lençóis; todavia não entrou. João 20:5

Dimensão é o sentido em que se mede a extensão para  avaliar; medida, tamanho .
Foi o caso da distancia imposta  por João, ou seja; …ele ficou a alguns metros, à entrada do sepulcro e criou uma dimensão entre dois pontos.
Relata o Evangelho que João abaixou e distantemente olhou para dentro!
A verdadeira visão que deveria ser estabelecida naquele momento exigia  fé  que não pode ser estabelecida nas dimensões em espaços ou pontos, mas centrada no coração, pois é com o coração que se crê e verdadeiramente se vê!
Quantas vezes mantemos nossa visão circunscrita ao dimensional  e somos impedidos de contemplar que a ressurreição é um fato evidente para que nossa própria fé possa se expressar com todo a realidade que a vida de Jesus, o ressuscitado nos outorgou saindo redivivo daquele sepulcro!
VISÃO  PERIFÉRICA! vs 6-7
Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis,
E que o lenço, que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte. João 20:6-7

Que está na periferia, isto é, no contorno ou na parte exterior de algum centro.
Pedro manifesta outro tipo de visão. Agora ele consegue enxergar com mais detalhes, entretanto só vê os itens exteriores que se encontram na periferia, isto é, no contorno ou na parte exterior de algum centro.
Esse tipo de visão contacta o exterior mas não consegue contactar o núcleo!
Esse tipo de visão encontramos quando tem-se em conta que há evidencias que algo denuncia, que alguma coisa aconteceu e alterou a condução de algo, ou elementos, ou eventos e, fica isso patente pela visão periférica, entretanto, tais confirmações exteriores conservam inalteradas a visão que deveria já estar mudando o curso do coração!
VISÃO  COMPREENSIVA! vs  8
Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.

Vemos agora, no desenvolvimento da narrativa, que João entrou no túmulo, “viu” e “creu. Esse crer, encerra uma ideia geral, um conceito, um conjunto eventos que, através da “evidencia ocular”, começa a tornar esclarecedor e convincente que realmente houve um fenômeno  de ordem sobrenatural
Diz o texto que João entrou e numa segunda visão compreendeu!
A fé produz esse tipo de “visão compreensiva”, quando na Bíblia, na teologia, na reunião como Igreja, num culto e até  e um estudo bíblico bem esboçado, compreendemos acerca da ressurreição e seu efeitos em nossa carreira da fé,  mas ainda não é suficiente, pois limita-nos apenas a esfera compreensiva !
VISÃO MISTICA!  vs 12
E viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. João 20:12

Tudo o que é místico, está na dimensão daquilo que a inteligência humana tem dificuldade em explicar, como  no  caso da aparição dos anjos a Maria!
Há pessoas e crentes que buscam e se satisfazem com esse tipo de visão! (sobrenatural!)
Entretanto mesmo nessas condições a  visão  continua ainda desfocada, podendo, como no caso do diálogo dos anjos, confirmar um fato ocorrido, numa esfera de visão mística, mas ainda fica na periferia, onde falta uma visão concreta e transformadora!  
 VISÃO EVIDENTE (Concreta/ PRECISA)! vs 15
Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni (que quer dizer, Mestre). João 20:15

Realidade é aquilo que é real , efetivo e concreto!
Maria agora,  “das visões que configuravam as circunstancias  naturais”, dimensionada à partir de um ponto no espaço, estando numa periferia de acontecimentos, compreendendo e discernindo a voz, experimentando aquela visão mística, ao lado de anjos naquele evento ,enxerga precisamente com os olhos da realidade”.“Com os verdadeiros olhos da fé!”
 Esse deve ser o foco de nossa visão, ver realmente que é “Ele” Jesus, o mestre ressurreto!
VISÃO SUBMISSA! (AUTORIDADE!) vs 18
Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos que vira o Senhor, e que ele lhe dissera isto. João 20:18

Entretanto quando nos é estimulada a visão da realidade, outra forma de ver se estabelece: é a visão da autoridade! Diz Maria: Eu “vi o Senhor”!
Visão de Jesus mestre é apenas uma visão de sua capacidade. Visão de Jesus Senhor é o entendimento e reconhecimento de sua autoridade!
Essa visão é a completude onde se encerra e se submete todas outras visões que podemos ter, como a “natural, dimensional, compreensiva, mística  e  evidente!”
Qual a visão que recebemos na ressurreição?

BONANI

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