"SEM CAMINHO O QUE RESTA É A INEXPLICÁVEL TENTATIVA DO INEXPLICÁVEL!"


Teologia tenta "explicar o Caminho"... 
O "Caminho não precisa explicar-se"... 
"Compreender o Caminho" é a  explicação...
"Caminho experimentado e vivido" é  a eterna explicação aplicada!... -BONANI

O QUE FAZ TODA A DIFERENÇA É COMO CADA UM ANDA NO CAMINHO.

O culto a Deus é feito de amor; e seu lugar de manifestação é o todo da vida; em qualquer estrada onde se ande nesta existência.
Meu "amigo" Soren Kierkegaard disse que o importante no caminho é sempre o “como”. E quando disse isto ele estava pensando na vida como algo que geralmente é metaforizado por um caminho, uma vereda, uma estrada.
Mesmo reconhecendo que é muitas vezes útil comparar a vida com uma estrada, todavia, também deve-se considerar que há não apenas semelhanças, mas também muitas dessemelhanças nesta ilustração.
Sim, em muitos aspectos a vida é diferente de uma estrada. Isto porque do ponto de vista físico a estrada é sempre a estrada, não importando “como” alguém ande nela, se calmamente, se apressadamente, se atenta ou se destraidamente. A estrada física não muda de acordo com o “modo”, com o “como” do andar do viajante.
Entretanto, se tomarmos a metáfora da estrada numa perspectiva espiritual, então tudo muda, e a estrada já não nos serve de metáfora exata. Isto porque no caminho espiritual não existe fixidez na estrada, posto que ela muda conforme o “como” do caminhante.
Ou seja: o modo de caminhar e ver a estrada, espiritualmente muda o indivíduo e muda a estrada.
E não somente isto, a estrada é chamada à existência conforme o caminho do caminhante. Assim, a estrada “é conforme” ela é andada.
Ora, desse modo, a metáfora da estrada física como ilustração para o caminho espiritual fica subitamente pobre. Isto porque a jornada espiritual acontece numa estrada que é feita pelos pés do caminhante. E ninguém pode fazê-la por ele.
A estrada é o indivíduo e o indivíduo é a sua própria estrada.
No mundo físico a estrada é a mesma para todos. Mas na dimensão do espírito a estrada é de acordo com aquele que nela caminha.
Não se pode chamar alguém e dizer: Veja, esta é a estrada da verdade e da vida!—e esperar que isto seja suficiente. Só será verdade se a pessoa experimentar e andar “conforme” a verdade e a vida no caminho.
Declarar o caminho não o torna caminho para ninguém, à menos que o indivíduo descubra “como”.
A única coisa que se pode dizer é como se anda na verdade, mas não se pode indicar um caminho fixo. Portanto, mesmo que se diga como é o caminho da verdade, o indivíduo jamais andará nele à menos que ande nele.
Digo isto porque a mentalidade religiosa sofre do engano de pensar que o caminho espiritual é como o caminho numa das estradas desta terra. E não é.
Saber que Jesus é o Caminho não significa nada, posto que nenhum corpo fixo de doutrinas nos poderá fazer andar no Caminho.
O Caminho de Jesus não é como uma estrada física, na qual quem quer que ponha o pé, anda e segue. Não, com Jesus não é assim.
Você pode mostrar o Caminho, o indivíduo pode aceitar as informações dadas sobre a estrada, porém, se não andar “como” se anda no Caminho, de fato ele não está indo a lugar algum.
A história parabólica descrita por Lucas no capítulo 10, acerca do “Bom Samaritano”, bem ilustra como a estrada física pode significar caminhos diferentes para diferentes pessoas, dependendo de “como” se anda...
Primeiro aparece um viajante sem nome, e que anda na estrada de modo tranqüilo, e em busca de uma vida honesta. Ele anda no caminho da simplicidade do trabalhador.
Em seguida aparece andando na mesma estrada um outro homem, um salteador. É a mesma estrada, mas é um outro modo de andar nela. O homem andava no caminho da violência e da covardia.
Então, na mesma estrada, aparece um Sacerdote. Ele viu o homem caído e roubado. Mas seguiu o caminho da indiferença. Seguiu seu próprio caminho na mesma estrada.
Na mesma estrada apareceu um Levita. Ele também viu o homem caído, mas preferiu andar no caminho da frieza e do egoísmo que apenas visa a auto-preservação. Assim, seguiu no caminho da omissão homicida.
Por último aparece um herege do ponto de vista dos judeus. Era um Samaritano. Ele também anda na mesma estrada de todos os anteriores. Mas o seu caminho é diferente. Ele encontra o homem numa estrada que para ele tinha o sentido de misericórdia e graça solidária. Assim, este “samaritano” nos ensina que a estrada não é a mesma para todos, posto que ela tem em si o significado dado pelos pés que a pisa. Para o Samaritano aquela era a estrada da misericórdia.
Jesus, usando esta história, diz a quem perguntou a Ele quem era o seu “próximo” exatamente o que acabei de expor acima, só que de modo metafórico, mas a mensagem é a mesma.
Ora, Ele faz isto com uma pergunta: “Quem te pareceu ser o próximo do homem caído?”
A resposta foi: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”.
Então Jesus concluiu: “Vai tu e faze o mesmo”.
Assim, cinco homens andavam na mesma estrada, porém cada um fez o seu próprio caminho na mesma estrada.
De fato, o que faz toda a diferença é como cada um anda no caminho!
Você pode até dizer que sabe quem é o Caminho. A questão de Jesus, todavia, é “como” você anda no caminho.
Caio

Subscrito;
BONANI

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