“CURTÍSSIMA METRAGEM” -(VIDA, ESTIGMA, PARADIGMA E INSIGNIA!)

A tradição antiga, que remonta o séc. II, identifica a João Marcos, filho de Maria, aquela mesma que reuniu  irmãos em sua casa, (Atos 12:12);  como o autor  do  Evangelho que leva o seu nome.
Foi companheiro de Barnabé, seu primo, e esteve algum tempo junto com Paulo, na primeira viagem missionária, (Atos 13:5-13 e 15:37-39),e, depois, aparece com ele preso em Roma,(Col 4:10).Entretanto, parece criar um maior laço de afinidade com Pedro, que o trata com “meu filho” na saudação final da sua primeira carta(I Pd 5:13).
Marcos  poderá  ter escrito o seu evangelho pouco antes da destruição de Jerusalém, que aconteceu no ano 70.

Numa dessas manhãs, fazendo uma devocional baseada no Evangelho de Marcos, em fração de segundos, fiz um filme da história desse evangelista, num roteiro mais ou menos assim:   
-capturei o primeiro momento de seu registro no Novo Testamento;

-observei sua relação parental e ministerial a mamãe; com Barnabé e Paulo. Essa última, com intensa dose de crispação!


-percebi a   íntima relação espiritual com o apóstolo Pedro;

 e  conclui com a sua  maravilhosa oportunidade de escrever o Evangelho de seu Senhor e Slvador Jesus Cristo!


Confesso que fiquei fascinado com o meu “curtíssima metragem”, ao ponto de dizer a minha mulher que iria escrever uma reflexão sobre João Marcos. Coisa que faço agora! E disse-lhe mais:


-O  título da reflexão será?!: “CURTÍSSIMA METRAGEM”: UMA  VIDA DE  ESTIGMA, PARADIGMA E INSIGNIA!                                            


No meu curtíssima, Marcos “aparece” pela primeira vez como filho da mamãe Maria, e;       “parece” carregar consigo o seu primeiro traço estigmático .Vou explicar melhor: … O termo estigma, entre os antigos gregos, designava "sinais corporais com os quais se procurava evidenciar alguma coisa de extraordinário ou de mau acerca do estatuto moral de quem os apresentava"; tratava-se de marcas corporais, feitas com cortes ou com fogo, que identificavam de imediato um escravo ou um criminoso, por exemplo. O conceito atual é mais amplo; considera-se estigmatizante qualquer característica, não necessariamente física ou visível, que não se coaduna com o quadro de expectativas sociais acerca de determinado indivíduo.
Para quem não se lembra  e nem dá conta de sua primeira menção, quero então refrescar a  sua memória. .(…depois de assim refletir foi à casa de Maria, “mãe de João”, que tem por sobrenome “Marcos”, onde muitas pessoas estavam reunidas e oravam. Atos 12.12).
Notar que o  texto  faz  menção da mãe, mas oculta o nome do pai. Talvez Marcos fosse órfão de pai! Ou apenas sua mãe fosse crente! Ou divorciada! Quem sabe era filho de uma mãe abandonada pelo marido! Solteira! Ex-prostituta! Sei lá!... O que eu  sei é que: as “hipóteses são tantas, quantas poderiam ser,  os estigmas na vida de Marcos,  na qualidade de um filho que só se fazia acompanhar de sua mãe, uma progenitora, uma ancora emocional muito forte, de vinculo viscerais,  e ,ao mesmo tempo, dando a Marcos um suporte emocional muito forte, que de tão forte, tornou-se um “estigma” que o acompanhou por um bom período de sua juventude! Sua mãe, no meu “curtíssima” exerce o papel de “ter as responsabilidades de educá-lo e sustentá-lo, exercendo um papel de  “marido – pai”  e  “esposa-mãe!”… Não seria por isso que Barnabé se preocupasse tanto com seu primo?  (Colossenses 4:10), Quem não possui um estigma na vida? Quem não se lembra do estigma de Jefté? Era então Jefté, o gileadita, homem valoroso, porém filho duma prostituta; Gileade era o pai dele. Juízes 11:1.
Não quero afirmar. Nem posso precisar. Estou discorrendo o enredo do meu “curtíssima”; entretanto: Não seria este estigma, (marca) que assaltou o coração do jovem Marcos  manifestando em  um determinado momento de sua viagem missionária um certo grau de insegurança em meio aos desafios da obra missionária, levando-o a desejar e retornar do meio de uma viagem, ao seio de sua mãe? Estava com Paulo e Barnabé na primeira viagem missionária que fizeram (Atos 13:5), mas, quando chegaram a Panfília, deixou a companhia deles e retornou a Jerusalém. Essa falta da sua parte fez que Paulo o recusasse quando começou a segunda viagem missionária (Atos 15:37 e 38).
“Estigmas” não resolvidos em nossas vidas, podem causar constrangimentos e percalços na caminhada da vida. Entretanto…  Tempos depois…, Marcos venceu esses estigmas da vida infantil, pois; O evangelho de Marcos foi escrito em algum tempo entre 13 e 19 anos depois desta falha, vemos portanto que sua vida teve considerável crescimento. Aleluia! Assim como o Marcos do meu “curtíssima-metragem”, podemos também “romper com os estigmas” “do filme nossas vidas!”
Segue o roteiro do “curtíssima”!...
Além do  “estigma”, Marcos também revela outra área desafiadora que precisaria ser vencida, ou seja: um paradigma!
Sim!...
O que seria então um paradigma? Defino paradigma como uma matriz disciplinar que sustenta uma concepção de mundo numa determinada época. Um paradigma possui um “modelo de racionalidade” no qual se incluem todas as esferas, quer científicas, filosóficas, teológicas, ou de senso comum.
Marcos depois de sua desistência em relação a “primeira” viagem, e de sua rejeição por Paulo de seguir numa “segunda”; …ficou no meio de um fogo cruzado paradigmático. De um lado, o modelo “ministerial-parental” de Barnabé seu tio, que talvez, penso eu…, ainda via-o com o “estigma infantil. Do outro lado, o “paradigma Paulino”,configurado num estilo de vida de um homem resolvido, determinado, possuidor de um modêlo ministerial disciplinado que não aceitava falhas e desistências. Paradigma de um homem que era extremamente exigente consigo mesmo! Foi de Paulo essa declaração: Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à submissão, para que, depois de pregar a outros, eu mesmo não venha a ficar reprovado. I Coríntios 9.27.
Meu “curtíssima” exigia que o “protagonista” Marcos, saísse bem na fita.
Sim!...
 Marcos também venceu mais essa etapa em sua carreira, pois tempos depois, pode ultrapassar o “paradigma-barnabeano” e também transpor o “paradigma-paulino”! Foi esse mesmo “paradigma-paulino” que o rejeitou, que, anos mais tarde,  incluiu-o  em seu ministério. … Toma a Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério. II Timóteo 4:11.
É meu “curtíssima-metragem”! Se um “curta-metragem” é de rápida duração, ou seja; minutos! Imaginem então o “curtíssima”. O meu durou segundos! Vamos lá então para os finalmente!
Vencidos os “estigmas” e os “paradigmas” , faltava um final que pudesse ser apoteótico na vida do “protagonista Marcos”. Um homem que consegue superar todas essas etapas e desafios da vida merece aquilo que “denominei” no meu enredo, na parte final do meu “curtíssima-metragem”, como: “Insignia”! Ou seja: Bandeira,Divisa, legenda, dizeres (inscritos em emblemas, escudos, brasões), sinal distintivo, venera, estandarte, emblema. Direito, Marca, designação emblemática de alguém ou de algo!
Sim! Um João Marcos vencedor merece uma “insignia”!
Assistam no meu filme a parte final que ficou como  “desfecho na vida de um campeão, que pode ser voce também! Assim encerra-se:
O Evangelho de Marcos é o segundo dos quatro evangelhos do Novo Testamento e um dos três chamados de sinópticos, junto com o Evangelho de São Mateus e o Evangelho de São Lucas, sendo dividido em 16 capítulos.
Como é em geral reconhecido, o “Evangelho segundo Marcos foi o primeiro entre os evangelhos canônicos a ser escrito”, por volta do ano de 70 d.C., ano da destruição do Templo pelos Romanos. Dos sinópticos, é o mais simples e o menor, sendo igualmente aquele que “será provavelmente o mais antigo, servindo de uma possível fonte para os demais evangelistas”, embora contenha 31 versículos a mais, relativos a outros milagres não relatados nos outros evangelhos.


The End

Bonani

Comentários

  1. Parabéns pela mensagem!! que Deus continue te abençoando muito!!

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