Lidando com pessoas difíceis



Por Dr. Synezio Lyra

Certamente que eu e você interagimos com pessoas difíceis numa base diária. Pelo fato de estarmos investindo a nossa vida no ministério, a freqüência do contato com pessoas difíceis é bem maior do que gostaríamos. Afinal, a Igreja permanece como um hospital para pecadores ao invés de um museu de santos.


Freqüentemente vem à minha mente as palavras que li, alguns anos atrás, em um dos livros de T.S Elliot. Ele diz que existem muitas pessoas às quais falamos com dificuldade e outras com as quais tudo que falamos parece ser em vão. Quão verdadeira é esta afirmação!

Felizmente, existe uma série de livros que tratam especificamente desta matéria.

Partindo de um sólido ponto de vista cristão, eu li oito livros, todos eles publicados em meados da década de 1980 com relação a esta temática. Mas a lista de publicações nesta área é muito mais extensa do que as obras que eu tive oportunidade de ler.

Uma vez que o problema é tão real no trabalho da igreja, torna-se absolutamente essencial que tenhamos uma clara compreensão do mesmo e, desta forma, possamos desenvolver uma eficiente habilidade em como lidar com tais indivíduos.

Apesar do desconforto que isso nos traz, o fato é que como ministros nós não podemos fugir de tais desafios.

Como Cavett Robert nos diz: "Muitas pessoas podem aprender a lidar com coisas, mas são poucos que se tornam especialistas em lidar com gente". Eu, pessoalmente, creio que no ministério nós temos que fazer ambos.

Apesar de existir situações que estão acima da nossa habilidade de resolver, eu estou convencido que a maioria dos problemas na igreja podem ser corrigidos.

Para este fim precisamos investir tempo, exercitar paciência e, em oração, entregar as questões ao Senhor.

A natural tendência humana é a de evitar as pessoas que são antagonistas na sua natureza ou aquelas que de alguma forma tem nos ferido.

Talvez a melhor maneira seja a de ir ao encontro dessas pessoas e na dependência do Espírito Santo descobrir o que está errado e a seguir, tomar os passos que sejam necessários em direção a uma resolução.

Mesmo quando as coisas não seguem uma direção satisfatória aos nossos olhos, pelo menos poderemos ganhar uma paz de mente ao nos darmos contas que fizemos aquilo que era correto e próprio de se fazer.

Em muitos casos conflitos surgem em função de maus entendidos. E isso pode ser corrigido através do diálogo. Por outro lado se mostramos que não temos interesse e se viermos a ignorar o problema, o conflito pode se estender e causar uma ferida permanente.

Como em qualquer situação, alguém tem que tomar a iniciativa e nós como líderes estamos em uma melhor posição para tomar a iniciativa e desta forma corrigir e anular conflitos.

Já faz algum tempo que na minha vida de um modo geral eu venho seguindo o prático conselho do famoso poeta alemão Goeth
: "Trate as pessoas como elas fossem aquilo que elas deveriam ser e desta forma você irá ajudá-las a se tornarem o que elas são capazes de ser."

O desafio que é comum a todos nós em posição de liderança é o de temperar o nosso discurso com sal e fazer com que a nossa vida venha a refletir o amor de Deus em ação através das nossas vidas.

Concluindo. É  saudável lembrar o que o Dr. Alan Redpath certa vez declarou: "Se você é um ministro cristão, você estará sempre em crise, seja no meio de uma, saindo de uma ou entrando em uma."

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