O GPS e a relatividade



Se você acha que a Teoria da Relatividade de Einstein é algo que só existe nos quadros-negros das universidades, pense de novo. Toda vez que você usa o GPS, está contando com as ideias revolucionárias dele para não se perder! Sem as correções baseadas na relatividade, seu GPS acumularia um erro de mais de 10 quilômetros todos os dias.


Isso acontece por causa de dois efeitos previstos por Einstein. O primeiro é da Relatividade Especial: objetos em alta velocidade experimentam o tempo passar mais devagar. Os satélites do GPS viajam a cerca de 14.000 km/h, o que faz com que seus relógios atômicos atrasem cerca de 7 microssegundos (milionésimos de segundo) por dia em relação a nós na Terra.


Mas aí entra a Relatividade Geral, que descreve como a gravidade deforma o espaço-tempo. Quanto mais forte a gravidade, mais lento o tempo passa. Como os satélites estão em uma órbita alta, a cerca de 20.200 km de altitude, eles sentem uma gravidade quatro vezes mais fraca que a nossa na superfície. Esse efeito faz com que seus relógios adiantem cerca de 45 microssegundos por dia.


Juntando os dois efeitos, o resultado líquido é que os relógios a bordo dos satélites GPS andam mais rápido do que os nossos em aproximadamente 38 microssegundos diariamente. Pode não parecer muito, mas como o GPS funciona medindo o tempo que os sinais levam para viajar na velocidade da luz, essa pequena diferença é crucial. Os engenheiros que projetaram o sistema GPS sabiam disso e programaram os satélites para corrigirem continuamente essa distorção temporal. É a física teórica de Einstein trabalhando silenciosamente para guiar seu caminho!


#Relatividade #Einstein #GPS #Física #Tecnologia

Bonani

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